Festas diz que dragagem não foi bem feita e mantém barcos parados

O presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar diz que a barra do porto da Póvoa de Varzim está “igual ou pior” ao que estava no início da grande dragagem efetuada durante este Inverno. José Festas lamenta que se insista em fazer a retirada de areias durante os meses em que o tempo está pior e denuncia: a barra continua “condicionada a barcos até 2 metros de calado” e “a duas horas antes e duas depois da maré cheia”.

O dirigente diz que com a dragagem de 200 mil metros cúbicos, que custou 1,4 milhões de euros e foi feita este Inverno, a barra deveria estar a fechar apenas com ondas de três metros e meio, mas não. Aos dois metros de vaga já o capitão de porto tem que fechar a barra à navegação. Festas insiste: a dragagem foi feita na altura errada. No Inverno, a dragar dois dias e a parar 30 por causa do mau tempo, a areia regressa toda. José Festas explica que foi por essas mesmas paragens sucessivas que a dragagem, que deveria ter acabado a 15 de Dezembro, só acabou no final de Março, ou seja, dois meses e meio depois.

O presidente da “Pró-Maior” diz que, com esta situação, a pesca local está a sofrer muito. São barcos pequenos, que só podem operar no porto poveiro e que, ainda na semana passada, viram a barra estar fechada seis dias seguidos. José Festas alerta ainda: já devia estar a ser preparada uma nova dragagem para a Póvoa para começar em Junho, mas até agora nada foi feito. Diz que vai esperar mais um mês, mas se nada mudar a “Pró-Maior” vai ter que “tomar uma atitude”. 

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